Ao acompanhar de perto as reflexões de Blaise Pascal relativas à religião cristã, o leitor não só estará mais apto para compreender o quão longe é possível se ir numa defesa da verdade do cristianismo, como também ficará frente a frente consigo mesmo – vale dizer, frente a frente com sua miséria e insignificância.Isto se deve ao fato de que, ao defender sua fé, este gênio francês o fará de modo indireto. Pascal, por exemplo, jamais empreenderá demonstrar a existência de Deus: ao invés disso, tentará indicar que, frente a nossas espantosas contradições (por ele finamente esmiuçadas), jamais poderemos nos compreender – a menos que admitamos o dogma da queda adâmica exposto no livro do Gênesis.Autor inegavelmente fascinante, Blaise Pascal, mesmo após séculos de sua morte, ainda tem muito a dizer, quer ao religioso, quer ao especialista em filosofia – ou ainda a todo aquele que se interessa pelas obras do pensamento que deixaram marcas indeléveis na história da civilização ocidental.
